Uma condução segura e económica requer travagens com o motor. Trata-se de uma técnica comum particularmente útil em estradas sinuosas e declives acentuados. A aplicação correta e consistente desta técnica contribui para a segurança e a estabilidade na condução, aumentando a longevidade dos componentes do veículo e poupando combustível.
Como é que funciona esta técnica?
Há duas técnicas comuns de desaceleração em veículos com motor de combustão: a travagem por meio dos travões de serviço e a travagem com o motor. Qualquer condutor completo deve dominar ambas as técnicas para assegurar viagens seguras.
Os travões de serviço são tipicamente acionados por meio de um pedal. Este sistema usa o atrito entre duas superfícies de fricção num sistema de discos e pastilhas de travão de carro ou de travão de tambor. Sistemas de travagem deste tipo estão presentes em qualquer veículo motorizado.
O travão do motor, por seu lado, permite reduzir a velocidade recorrendo à caixa de velocidades e ao motor. Para tal, recorre-se à resistência interna do motor de combustão, isto é, à oposição que os componentes do motor oferecem a um binário imposto externamente pelo movimento do veículo. A resistência interna das peças móveis torna-se evidente assim que a alimentação de combustível é suprimida e as forças de compressão e de atrito internas prevalecem, opondo-se ao movimento do veículo.
Cada mudança da caixa de velocidades está associada a uma gama de rotações. A redução de uma mudança pelo condutor aumenta o número de rotações. Posto que a resistência interna do motor é tanto maior quanto maior for o número de rotações, a redução de mudança provoca uma redução de velocidade.
Apesar das vantagens inerentes desta técnica, como a poupança de combustível e o aumento da estabilidade, convém evitar um uso extremo da mesma. Quando aplicada erradamente, por exemplo, por redução para uma mudança demasiado baixa ou uma redução demasiado abrupta, pode ocorrer um desgaste acentuado das peças móveis do motor, da caixa de velocidades de carro ou mesmo o bloqueio das rodas motrizes.
Como é que se aplica esta técnica durante a condução?
Para garantir a segurança, convém que esteja engatada a mudança mais adequada à velocidade de circulação imposta. A travagem com o motor é, portanto, uma técnica geralmente aplicada intuitivamente em qualquer situação que requeira o abrandamento do veículo. Apesar disto, há algumas situações específicas em que é sensato recorrer intencionalmente a esta técnica para complementar a desaceleração realizada por meio dos travões de serviço.
Quando o piso está escorregadio, devo utilizar o motor como auxiliar do travão?
A condução em pisos molhados e a temperaturas exteriores negativas pode ser exigente. Nestas situações, uma redução da mudança pode aumentar a estabilidade do veículo, reduzindo o risco de derrapagem.
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Informações do produto
Vela de ignição: Eléctrodo central de platina, 4 eléctrodos de massa, antiparasitário, 5 kOhm, com sede plana, Ligação SAE fixa
Na aproximação a curvas faz sentido usar esta técnica?
Reduzir para a mudança adequada e usar o travão de pé durante a aproximação a uma sinuosidade aumenta o controlo sobre o veículo. Além disso, prepara o veículo para uma aceleração à saída da curva.
Posso aplicar este método em declives acentuados?
Complementar o travão de pé é essencial nestas situações. O uso exclusivo do travão de pé está associado a um desgaste desnecessário e, quando extremo e prolongado, pode provocar o sobreaquecimento dos componentes do sistema de travagem com perda da eficácia deste sistema.
A técnica é útil em caso de emergência?
Em emergências esta técnica pode fazer a diferença. Apesar de a probabilidade de uma falha do travão de serviço ser extremamente reduzida, a travagem com o motor pode ser um dos últimos recursos antes da desaceleração por meio do travão de estacionamento ou por atrito da carroçaria.