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Rolamento e cubo de roda do automóvel: sintomas de dano
O desenvolvimento de rolamentos modernos começou no final do século XIX com a difusão das bicicletas. O esforço físico exigido pelo humano tornou necessária uma transição de mancais lisos para rolamentos de esferas e rolos. Hoje em dia, estes componentes são essenciais em qualquer veículo. Continue a ler para saber mais sobre o seu funcionamento e sintomas de avaria.
Funcionamento do rolamento
As principais funções do rolamento da roda de carro são a receção e a transmissão de forças entre o piso e a suspensão, o suporte e o direcionamento da roda, bem como a geração de impulsos para medição da velocidade de rotação. Estes valores são usados nos sistemas de ABS e ESP. Além disso, a função talvez mais óbvia é a redução do atrito. A redução da fricção é alcançada pela presença de várias esferas ou rolos metálicos que, enquanto inseridos na sua gaiola e devidamente lubrificados, rolam com facilidade na pista entre o anel interno e externo do rolamento.
A lubrificação e a vedação são aspetos importantes destas peças. A vedação evita a entrada de corpos estranhos, a corrosão dos componentes internos e a fuga de lubrificante. A lubrificação, por seu lado, garante que não ocorre contacto direto entre as superfícies metálicas internas, nomeadamente entre as esferas ou rolos e os seus anéis. A lubrificação é feita por meio de uma fina camada de massa lubrificante de lítio. Esta é resistente a uma vasta gama de rotações e de temperaturas, tem um baixo desgaste e repele água.
Desde os anos 80 que se usam rolamentos duplos da 3.ª geração, tipicamente em forma de cubo de roda de carro com rolamento. Estes dispõem de duas flanges que estão integradas respetivamente com o anel interior e exterior. É nestas flanges que assentam os componentes estáticos e dinâmicos da suspensão, nomeadamente a manga de eixo do veículo e os componentes móveis como a roda.
Sintomas de danos
A conceção e a produção de rolamentos de carro tem em conta uma variedade de aspetos. Visa, entre outros, a satisfação das funções acima mencionadas, o alcance de uma vida útil longa, a resistência à corrosão, a rigidez, o baixo nível de ruído, a facilidade de montagem e desmontagem, a compatibilidade ambiental, etc. A satisfação destes requisitos é determinada de forma computorizada e experimental, sendo posteriormente testada.
Tipicamente, estas peças de automóvel têm uma vida útil longa, no mínimo de 180.000 km. Apesar da sua durabilidade e robustez, há alguns fatores de condução que podem ser danosos. Entre as causas de danos mais comuns encontram-se as colisões com lancis, viagens em estradas esburacadas a uma velocidade excessiva ou desequilíbrio de rodas. Quando recorrentes, estes esforços podem provocar deformações irreversíveis nos materiais.
Já o encravamento de travões, a condução com o travão de mão posto ou travagens extremas, com consequente aquecimento considerável e constante, podem provocar uma deterioração precoce do lubrificante. A falta de lubrificação entre as superfícies internas provoca, por seu lado, um aumento do atrito, um desgaste acentuado e uma redução da vida útil da peça.
Em geral, a construção moderna de rolamentos não permite uma reparação. Danos implicam, portanto, também uma substituição dos componentes indissociáveis, isto é, do rolamento com o cubo da roda. É possível encomendar estas peças online, por exemplo, um cubo de roda para o Citroen C3.
Entre os sintomas mais comuns que indicam uma deterioração dos rolamentos inclui-se o aumento do nível de trepidação, bem como do consumo médio de combustível durante a condução. Isto está obviamente associado ao aumento do nível de atrito.
Outro sintoma comum é a produção de um som de zumbido. Claramente, este ruído pode tornar-se audível tanto nas zonas dos cubos de roda traseiros, como nas dos cubos de roda dianteiros. Para tentar determinar de qual dos lados há um dano, convém tomar atenção ao nível de ruído ao curvar. Se o som aumentar em curvas à direita, é provável haver um dano nos rolamentos esquerdos, dado que estes ficam sujeitos a um esforço maior e vice-versa.
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