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Como ajustar a folga entre os elétrodos da vela de ignição?
As velas de ignição são componentes fulcrais em automóveis com motores de combustão interna a gasolina, sendo responsáveis pela ignição da mistura de ar-gasolina. As velas de ignição dos carros estão enroscadas no bloco do motor e dispõem no mínimo de dois elétrodos, que estão inseridos na câmara de combustão. Estes componentes devem satisfazer as exigências dinâmicas de um motor em funcionamento, incendiando a mistura ar-combustível com fiabilidade.
Requer-se, portanto, que a vela de ignição conduza altas-tensões de até 30 kV até à câmara de combustão, assegurando o isolamento elétrico até que se forme uma faísca entre os elétrodos. Além disso, o componente deve vedar o cilindro, dissipar o calor de combustão eficientemente, resistir à corrosão, bem como ser pouco suscetível à formação de depósitos nos elétrodos.
Quais os componentes das velas de ignição?
As velas de ignição possuem um isolador cerâmico que contém óxido de alumínio. As bordas salientes do isolador previnem a descarga elétrica externa e apoiam a dissipação de calor. No centro do isolador está engastado um elétrodo central, que atravessa toda a vela e conduz eletricidade. O isolador está ligado ao castelo metálico roscável. A ligação entre o isolador e o castelo é estanque a gases. O castelo metálico dispõe de um ou mais elétrodos de massa. As velas são habitualmente definidas consoante o número de elétrodos que possuem.
NGK Vela de ignição
M14 x 1,25, Abertura da chave: 16 mm
VIRAGE Chave de velas
Abertura da chave: 16, aço cromo-vanádio
NGK Vela de ignição
M14 x 1,25, Abertura da chave: 16 mm
YATO Chave de velas
3/8 polegadas
YATO Chave de velas
Porque é que as velas de ignição se desgastam?
O maior desgaste ocorre nas pontas dos elétrodos, isto deve-se a várias razões. Os esforços térmicos que se dão durante a compressão e a ignição da mistura de ar-combustível provocam corrosão no material. Além disso, a sujeição a combustível, a aditivos e a gases de combustão a altas temperaturas também provoca desgaste. Adicionalmente, a faísca de ignição produz plasma a altas temperaturas, provocando um derretimento e uma evaporação parcial do material na ponta dos elétrodos.
Como ajustar a folga das velas de ignição?
Ao longo da vida útil, o desgaste provoca um aumento da folga entre as pontas dos elétrodos da vela de ignição. Por exemplo, numa vela padrão com elétrodos de cromo-níquel pode ocorrer um desgaste de 0,4 mm ao longo de 28.000 km. Mesmo velas com elétrodos revestidos de platina sofrem desgaste, apesar de este ser comparativamente mais baixo (aumento da folga em 0,05 mm após 105.000 km).
NGK Vela de ignição
M10 x 1,0, Abertura da chave: 16 mm
NGK Vela de ignição
M12 x 1,25, Abertura da chave: 16 mm
CHAMPION Vela de ignição
REA10WYPB, M12x1.25, Abertura da chave: 14 mm, Pt GE
NGK Vela de ignição
M14 x 1,25, Abertura da chave: 20,8 mm
NGK Vela de ignição
M14 x 1,25, Abertura da chave: 16 mm
Um aumento da folga das velas pode ter implicações para a geração de faíscas e, como tal, comprometer a ignição na câmara de combustão. Posto isto, torna-se necessário assegurar que a distância entre os elétrodos se encontra numa gama de valores aceitável. Em determinados casos, particularmente em motores a gasolina mais simples, é possível corrigir a folga das velas de ignição com um calce de precisão, também denominado por medidor de folgas para velas de ignição.
Obviamente, isto requer que se saiba qual a folga da vela ideal. No caso de velas com elétrodo em J, basta entortar ligeiramente o elétrodo enquanto se utiliza o calce de precisão com a espessura adequada. Após a correção, deve-se verificar se a espessura da folga corresponde ao valor pretendido.
Contudo, um ajuste de folga manual é desaconselhado na generalidade dos casos e em particular no caso de motores complexos. Estes motores podem sofrer danos severos, devido a um ajuste de folga mal efetuado. A compra de componentes novos, por exemplo, velas de ignição da NGK, é claramente a opção mais viável.
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